“_ Eu vou viajar.
_ Pra onde?
_ Pelo mundo... conhecer culturas, comidas, idiomas...
_ Mas pra quê? Do que você está fugindo?”
Essa foi uma das primeiras conversas que eu tive quando
resolvi contar que iria viajar. E não é tão incomum, nas minhas pesquisas li
relatos de outros viajantes que também passaram por isso. Por quê viajar tem
que ser necessariamente uma fuga?
É claro que todos nós temos problemas, de todos os tipos, e
no fundo todo mundo em algum momento já pensou em largar tudo e sair correndo. Mas
não é o meu caso e o de muitos outros viajantes com quem conversei. Tenho me
programado para esse momento a vida toda, e agora mais do que nunca, com
roteiros prontos, documentação sendo feita, me informando sobre os lugares que
quero conhecer. Nunca estive tão preparada para viajar pra qualquer lugar como
agora.
Falo por mim quando digo que não estou fugindo, pelo
contrário, estou buscando. Das outras vezes que parti, em alguns momentos eu
mesma pensei que estava fugindo de uma situação ou de alguma coisa, mas me dei
conta de que estive procurando todo esse tempo. Procurando meu lugar no mundo,
procurando um significado, procurando algo que só vou saber o que é provavelmente
quando encontrar.
Se você é o tipo de pessoa que sabe o que quer, tem todas as
respostas e não precisa sair pelo mundo pra se sentir vivo, parabéns! Eu te
admiro! Mas somos completamente diferentes.
Eu sou um ser curioso, intrigado pela vida. Quero conhecer o
que tem lá fora, o que está embaixo da cama, e não só me cobrir com o cobertor
e olhar pro mundo como se ele fosse um grande monstro pronto pra me devorar! Eu
quero absorver o mundo.
Vou indicar esse blog que me tirou muitas dúvidas e me encantou com várias histórias... e nesse post eles falam exatamente sobre essa relação entre viajar e fugir.
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