segunda-feira, 30 de junho de 2014

F.R.I.E.N.D.S




Se você, como eu, é apaixonado por Friends, vai adorar o assunto de hoje!




Já pensou em ir tomar um café na réplica do Central Perk?
Pois saiba que é possível, se você for pra Europa ou pra China.

Um chinês super fã da série, chamado Du Xin (mas que prefere ser chamado de Gunther), abriu uma réplica incrível do Central Perk em Beijing. Fez tanto sucesso por lá que recentemente ele abriu outra em Shanghai.







Para saber mais sobre o Central Perk chinês clique aqui e aqui.

Se seu destino é a Europa, vale a pena conferir o Central Perk em Liverpool, que é o que eu pretendo fazer. Liverpool fica pertinho de Londres e vale um bate e volta pra conhecer a cidade que é o berço dos Beatles e ainda tomar um café nesse charmoso Central Perk:









Site Oficial do lugar: http://www.central-perk.co.uk/ 

Além de Liverpool, foi aberto recentemente uma filial em Chester.

Inicialmente, Liverpool não estava no meu roteiro, mas precisei colocar depois que descobri esse lugar! Daí, resolvi pesquisar sobre outras coisas que eu poderia fazer de interessante enquanto estivesse por lá, e apesar de não ser mega fã dos Beatles, lá é um prato cheio de atrações relacionadas à banda, e se você for pra Liverpool, não pode deixar de conhecer a Beatles Story, que é um museu muito bacana que conta a história da carreira dos integrantes da banda desde o início até os dias atuais.

Outro programa legal, é a Magical Mystery Tour que é um roteiro de 2 horas de duração feito a bordo de um ônibus idêntico ao usado no filme dos Beatles. Durante o percurso são visitados todos os principais pontos da cidade relacionados à vida de John, Paul, George e Ringo. Suas casas, locais referidos nas músicas, escolas, onde foram as primeiras apresentações, etc...

Outro item da minha lista que não quero perder é o Pub Cavern Club, um dos primeiros bares em que os Beatles se apresentaram quando nem eram Beatles e sim Quarrymen (primeiro nome da banda com apenas John e Paul). O lugar se tornou mundialmente famoso junto com os meninos e hoje é uma das maiores atrações turísticas da cidade. 

O percurso de Londres até Liverpool de trem dura em torno de 2 horas. Esse site oferece uma lista bem legal de bate-voltas de Londres para as cidades vizinhas, vale a pena conferir!






domingo, 29 de junho de 2014

Canadian experience

Hoje vou postar o relato de uma amiga que foi pro Canadá e se apaixonou pelo país. Ela contou um pouquinho sobre essa experiência maravilhosa! 

"Bem, comecei a planejar meu intercâmbio canadense de apenas um mês em aproximadamente 8 meses. Em 2012 obtive informações que fazendo escala nos EUA os gastos com passagens diminuiriam, então fui em busca do visto americano, como todos já sabem o processo é feito em dois dias, o primeiro de entrega de documentos e o segundo de entrevista (a minha por sorte foi bem tranquila). 
Sinceramente na época não pesquisei muitas agências de intercâmbio, fui diretamente na CI- Central de Intercâmbio, a qual oferece pacotes de estudo mais hospedagem, você tem a opção de ficar nas famosas "homestays" ou em alojamentos das universidades, eu optei pela primeira pois, a convivência em uma canadian family seria muito mais proveitosa, até porque meu objetivo era de aperfeiçoar o inglês. 
O terceiro passo foi a retirada do visto canadense, este você não precisa ir até São Paulo, somente ir ao escritório da Schultz Vistos e verificar a documentação necessária. No meu caso de estudos, o visto teria que ser retirado dois meses antes do embarque (não adianta tentar tirar antes, o lance é realmente burocrático). Mas enfim, um mês antes da viagem eu já estava com o visto (de múltiplas entradas em mãos). Detalhe que eles geralmente concedem a permissão para no máximo um ano de estudo, para mim foram quatro anos... É, ali começava uma grande paixão!
Desembarquei em Vancouver em junho de  2013, era verão e a cidade estava realmente quente (somente durante o dia). Fui recebida por uma simpática senhora, com  os costumes e tradições canadenses. Os primeiros dias me senti ligeiramente amedrontada, mas logo me soltei, me sentia em casa realmente!
O primeiro dia na escola foi para o teste de nivelamento. A escola e as pessoas eram realmente incríveis. Vancouver recebe estudantes do mundo todo, em especial os asiáticos. Muitas vezes me sentia em algum país do tal continente. Os imigrantes dos "olhos puxados" são tantos que a cidade até tem o bairro Chinatown, lá você encontra os "souvenirs" mais baratos e diversos.
Os pontos altos do meu intercâmbio foram a maravilhosa convivência e sintonia que tive com a "host family" e a viagem para as Rocky Mountains, que sem sombra de dúvidas conheci os lugares mais fabulosos da minha vida.
Não só recomento o Canadá, mas acho que todos devem e merecem conhecê-lo!" 

Julia Leite



Julia, obrigada por dividir com a gente sua história! 


Se você também tem uma história pra contar, uma viagem que te marcou, conta pra gente! É só enviar para viajandinhoooo@gmail.com que eu publico aqui! 


sábado, 28 de junho de 2014

As maravilhas de Itanhaém

Mais uma vez, em 2010, larguei tudo pra começar uma vida em outro lugar. Dessa vez meu destino foi Itanhaém, litoral sul de São Paulo.

Itanhaém é uma cidade histórica, cheia de surpresas e belezas naturais. A primeira vez que eu fui, pra passar um feriado prolongado, me apaixonei! E eu nem gosto de praia! E depois de um mês, me mudei pra lá e vou contar um pouquinho dessa experiência que durou 1 ano e 2 meses.


Itanhaém é um termo de origem tupi que significa “pedra que canta”, e essa foi uma das primeiras coisas que aprendi quando cheguei lá. Está entre as cidades mais antigas do Brasil, e é muito rica em detalhes históricos, os quais eu não lembro direito, mas vou contando o que mais me marcou. 

Eu morei na praia dos Sonhos, que na minha opinião, é a mais linda. 

Essa era a vista da minha janela


Aquela ilhazinha próxima da praia é conhecida como Ilha das Cabras. Não, não tem cabras lá, fui explorar para descobrir, mas a vista no fim de tarde é maravilhosa. Só é possível atravessar a pé e alcançá-la quando a maré está baixa. Quando fomos lá, eu e minhas amigas, demos a volta completa na ilha, passando por fendas e buracos e desviando das pedras escorregadias e perdemos uma tarde inteira nessa brincadeira, mas quando alcançamos o outro lado, tivemos nossa recompensa:
Pôr-do-Sol visto da Ilha das Cabras

 Explorando a ilha
 Ilha das Cabras

Outro passeio imperdível é a Passarela de Anchieta, que conforme você caminha nela, ela vai te contando um pouquinho da história da cidade. E ela fica entre um morro e o mar, a paisagem é simplesmente incrível!



O começo da Passarela fica no pé de um outro morro, onde, dizem os caiçaras da região, pode-se avistar Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs)! #medo

Essas pedras ficam no alto desse morro que comentei, e diz a lenda urbana da cidade que foram colocadas lá por E.T.s ou que foram lançadas do fundo do mar. A posição delas é esquisita, e embora não dê pra perceber pela foto, essa pedra na qual estou apoiada está escorregando aos poucos.

A melhor coisa de Itanhaém é que as praias são muito próximas, e esses passeios podem ser feitos todos no mesmo dia. 
De volta na praia dos Sonhos, indo em direção à Ilha das Cabras, a próxima praia é a Praia dos Pescadores, onde foi filmada a novela Mulheres de Areia da Rede Globo. Lá existe ainda o terreno com as marcas da casa onde a Ruth e a Raquel moravam. A praia também é conhecida como "praia dos surfistas", pois possui muitas ondas e sempre tem alguém surfando ali.




Ponta da Praia dos Pescadores

Praia dos Pescadores

Mas não é só de praia que Itanhaém é feita! O centro histórico também é um charme. A praça da igreja é linda, tem um coreto maravilhoso e no fundo tem um morro onde fica o antigo convento, que hoje é aberto para visitação. A vista do convento é belíssima!
Vista do alto do Convento

A subida desse convento é triste! É ingrime e parece não ter fim. Mas vale a pena. Lá embaixo dá pra ver a igreja na praça, essa construção mais antiga. Quase em frente à ela, no final da praça tem a antiga prisão, com apenas duas celas: uma feminina e outra masculina. A guia me explicou que a cela feminina tinha uma janela que ficava virada diretamente pro convento, pra mulher refletir sobre seus pecados e se voltar para Deus, e a cela masculina tinha a janela virada para o mar, para o homem olhar todos os dias o que ele estava perdendo por ter infringido a lei. Interessante!

Se você for pro litoral durante a alta temporada, com certeza em alguma praia vai encontrar várias atrações, principalmente relacionadas à esportes. E quando eu estava lá eu ganhei um passeio de helicóptero. Não tem nada de esportivo nisso, mas foi simplesmente incrível!
O passeio pode custar entre R$ 50,00 à R$ 300,00 dependendo do percurso e do tempo. Eu achei simplesmente sensacional e recomendo pra quem quiser fazer esse passeio! 







Itanhaém é um cidade pequena, não existe muita vida noturna e os estabelecimentos não possuem horários fixos de abrir e fechar (pelo menos a maioria deles). É um cidade que só funciona de verdade na temporada. Foi ótimo morar lá e viver essa experiência, mas essa vida pacata de caiçara não funcionou muito comigo. Porém recomendo essas praias pra todo mundo, a beleza natural compensa a visita! E há muito mais na cidade pra se conhecer. Talvez um dia eu faça outro post sobre ela, comentando como era a vida na baixa temporada.








sexta-feira, 27 de junho de 2014

Vamos fugir... deste lugar baby! Vamos fuuugiiir!

“_ Eu vou viajar.
_ Pra onde?
_ Pelo mundo... conhecer culturas, comidas, idiomas...
_ Mas pra quê? Do que você está fugindo?”

Essa foi uma das primeiras conversas que eu tive quando resolvi contar que iria viajar. E não é tão incomum, nas minhas pesquisas li relatos de outros viajantes que também passaram por isso. Por quê viajar tem que ser necessariamente uma fuga?



É claro que todos nós temos problemas, de todos os tipos, e no fundo todo mundo em algum momento já pensou em largar tudo e sair correndo. Mas não é o meu caso e o de muitos outros viajantes com quem conversei. Tenho me programado para esse momento a vida toda, e agora mais do que nunca, com roteiros prontos, documentação sendo feita, me informando sobre os lugares que quero conhecer. Nunca estive tão preparada para viajar pra qualquer lugar como agora.

Falo por mim quando digo que não estou fugindo, pelo contrário, estou buscando. Das outras vezes que parti, em alguns momentos eu mesma pensei que estava fugindo de uma situação ou de alguma coisa, mas me dei conta de que estive procurando todo esse tempo. Procurando meu lugar no mundo, procurando um significado, procurando algo que só vou saber o que é provavelmente quando encontrar.

Se você é o tipo de pessoa que sabe o que quer, tem todas as respostas e não precisa sair pelo mundo pra se sentir vivo, parabéns! Eu te admiro! Mas somos completamente diferentes.

Eu sou um ser curioso, intrigado pela vida. Quero conhecer o que tem lá fora, o que está embaixo da cama, e não só me cobrir com o cobertor e olhar pro mundo como se ele fosse um grande monstro pronto pra me devorar! Eu quero absorver o mundo.


Não é vontade de fugir, é o desejo de me encontrar!




Vou indicar esse blog que me tirou muitas dúvidas e me encantou com várias histórias... e nesse post eles falam exatamente sobre essa relação entre viajar e fugir.










Belo Horizonte... meu primeiro passo para a vida nômade!

Sempre tive essa inquietação a respeito da cidade onde eu moro, das escolas que estudei, dos bairros que morei. Sempre me senti deslocada e fora de lugar. Durante toda a minha adolescência eu tive aquela ilusão que a maioria dos jovens de cidade do interior possui: aquela vontade de morar na capital!
Sonhei muito com essa idéia, e a partir dos meus 16 anos eu ia sempre pra São Paulo visitar parentes e ficava cada vez mais deslumbrada. Eu não sei dizer ao certo quando foi que esse deslumbramento acabou, se foi alguma coisa que aconteceu ou se eu simplesmente amadureci. Talvez porque eu tenha descoberto, observando minha família que sempre morou lá, que era divertido ser visita em São Paulo, e não morador. Que a vida lá é muito mais corrida e cara do que na minha cidade. Ou talvez eu tenha me acomodado ou me conformado com a minha rotina.
O fato é: eu sempre quis sair, conhecer o mundo. E quando finalmente tomei coragem e larguei tudo pela primeira vez, aos 19 anos, não foi pra São Paulo que eu decidi mudar, foi pra Belo Horizonte. E essa é a história que eu quero contar hoje.




Porque BH?

Eu fui pela primeira vez para BH em 2006, visitar uns amigos virtuais. Sim, essas loucuras que os jovens fazem sem medo, eu era dessas. Mas o plano era passar uma semana. Fiquei duas.
Eu participava de uma comunidade muito divertida no falecido Orkut. E nós éramos um de cada estado praticamente. Paralelamente, naquele ano eu conheci o trabalho e a música de uma das maiores artistas do país, a Ana Carolina. E também comecei a participar de uma comunidade de fã clube dela.

Nessas duas comunidades tinham pessoas de BH que eu gostaria de conhecer, e Belo Horizonte me parecia fascinante. Marquei com eles, e fui. Simples assim.

A passagem na época era em torno de R$ 90,00 e eu não gastei com hospedagem, porque fiquei na casa do pessoal que eu conhecia. Hoje sei que foi loucura total, e não estou querendo influenciar ninguém a ir pra outro estado na casa de desconhecidos! Eu tive muita sorte!

Essa viagem aconteceu há 8 anos, então não lembro de detalhes, mas no geral vou contar os lugares que eu conheci e as impressões que tive.
Antes de qualquer coisa, preciso ressaltar a hospitalidade do povo mineiro! Nunca fui tão bem recebida em nenhum outro lugar como fui recebida lá! Minha querida amiga Fabiana me recebeu em sua casa, me levou pra passear e comer queijo no mercado municipal e teve muita paciência comigo enquanto estive visitando a cidade. Super parceira.

Me apaixonei tanto pela cidade que duas semanas depois de ter voltado pra minha, fiz as malas e me MUDEI pra BH. Assim, de repente. Tranquei a faculdade e fui. Voltei no final de 2007, e apesar dos perrengues, das decepções, das dificuldades, valeu a pena cada minuto. Belo Horizonte me transformou, eu amadureci muito e aprendi muito também.

Táxi

Não sei hoje, mas naquela época andar de táxi em BH era muito barato! Uma corrida da rodoviária até a Rua da Bahia onde ela morava ficava em R$ 5,00. Andei muito de táxi lá por conta disso.

Savassi

É um bairro na região Central da cidade, onde tudo acontece. (Lembrando que esse relato foi da minha experiência em 2006 e 2007) As boates ficavam quase todas na Savassi ou próximo dela. Os bares e os fast-food. Não esqueço até hoje o melhor cachorro-quente que eu comi, ficava bem no meio do bairro, quase em frente ao Mc Donald’s, uma barraquinha dessas de rua, um senhor simpático que vendia o cachorro-quente mais o refrigerante por R$ 2,50! E tinha queeeijo! Aliás, tudo o que eu comia lá tinha queijo. Porção de batata, porção de frango, porção de qualquer coisa, tudo! E eu sou apaixonada por queijo. Foi uma das coisas que me conquistaram na cidade.

Praças!




Quando eu conheci a Praça da Liberdade fiquei deslumbrada! Além de enorme, é linda! Bem cuidada... e foi cenário de várias histórias que vivi lá. O coreto é um dos meus lugares mais queridos na cidade! Mas meu lugar favorito na cidade inteira é a Praça do Papa. Eu simplesmente fiquei chocada e apaixonada ao mesmo tempo quando fui pela primeira/segunda/terceira/ todas as vezes. A vista da cidade, o gramado, até o ar parecia diferente lá. Muitas tardes de reflexão gastei lá e é minha maior saudade de BH, com certeza.


Lagoa da Pampulha

Dispensa comentários. Em todo o tempo que fiquei lá, fui apenas uma vez. Passei uma tarde com duas amigas, onde escrevemos em diários e determinamos metas pro nosso ano... rimos muito aquele dia. Brigamos muito também. Acabamos lá sem querer, mas valeu cada minuto do nosso dia.



Feira Hippie

Todo domingo rola uma feira muito sensacional na Avenida Afonso Pena. Tem de tudo: comidas, artesanatos, bijuterias, sapatos, roupas, brinquedos, artigos para casa e decoração, etc. Os itens não são muito baratos, mas se você procurar, pode achar coisas bem legais com um preço ótimo!


Tenho muitas histórias do ano que vivi em BH, tantas lembranças queridas! Essa cidade respira arte! A vida cultural é intensa e foi isso que mais amei. Aprendi a tocar violão e até cheguei a tocar e cantar num barzinho. Fui num dos melhores shows da minha vida, da Ana Carolina e só esse show rendeu tantas histórias! Como o dia que eu e minhas amigas perseguimos a Ana C. pela cidade depois do show e acabamos na mesa dela numa pizzaria!
Belo Horizonte foi minha perdição. Me fez perceber que eu sou capaz de mudar e começar do zero em qualquer lugar e que nem todas as pessoas querem nosso bem. Não podemos confiar cegamente em todo mundo, como eu confiava. E principalmente, eu aprendi a NUNCA confiar quando um mineiro diz: é logo ali. NUNCA é logo ali. Eu andei aquela cidade toda a pé milhares de vezes caindo nessa.




quinta-feira, 26 de junho de 2014

It's time to travel!

Se você me encontrou nesse blog, provavelmente é porque também quer viajar ou mudar de vida!
Eu tomei uma decisão muito séria que vai mudar tudo o que eu conheço sobre mim e sobre o mundo. Decidi abrir mão de tudo o que eu tenho para conquistar tudo o que eu quero ter! Todas as minhas experiências até hoje, todas as histórias que vivi, tristes ou alegres, serviram para eu chegar à essa conclusão maravilhosa de que tudo o que eu preciso e quero é viajar. 

Não quero apenas ser uma turista com uma câmera na mão em frente aos cartões postais do mundo! Não! Eu quero aprender. Simples assim. Quem me conhece sabe que a minha grande paixão é aprender. Qualquer coisa diferente me fascina e me deixa extremamente inquieta até que eu conheça o máximo que eu puder sobre ela.

Nesse primeiro momento, vou falar sobre mim e tentar explicar porque tomei essa decisão e tudo que estou fazendo para realizar esse plano de vida.
Eu sempre me senti deslocada. Eu fui uma criança muito solitária, mas tive uma infância muito rica, cheia de imaginação, fantasia e criatividade. Eu tinha castelos, príncipes e princesas, eu enfrentei dragões, atravessei mares e nas horas vagas eu sofria pra resgatar a Minnie no jogo maldito do Mickey no Master System III.
Na adolescência, minhas particularidades ficaram muito evidentes. Minhas amigas queriam beijar meninos e falavam sobre roupas, maquiagens e romances. Eu, no entanto, gostava de bater nos meninos, jogar futebol com eles e ler todos os livros que existiam na biblioteca da escola. Ainda assim, elas me aceitavam e tentavam me incluir. O pouco que eu sabia sobre ser menina naquela época, eu devo à elas. 
Logo veio a fase das festas, baladas, bebedeiras e jogos de RPG! Eu saia, bebia com minhas amigas, namorava os gatinhos que surgiam, mas secretamente eu jogava MMORPG com meus primeiros amigos Nerds. Eu era uma viciada louca, que PAGAVA para jogar. Sim.
E assim fui equilibrando minha vida, entre amigos baladeiros, amigos nerds e amigos do teatro (que eram apaixonados por livros, filmes e, lógico, teatro). Como se já não bastasse a discrepância de tribos, eu fiz 4 anos de curso de teatro. Onde conheci pessoas maravilhosas! Loucas, apaixonantes, divertidas! Com as quais eu aprendi sobre cinema, roteiro, interpretação e improviso. E tudo isso eu apliquei na minha vida. 

Outra particularidade sobre mim é que eu sempre estava apaixonada. Perdidamente. E geralmente sofrendo por um amor não correspondido. Excesso de Shakespeare ou de comédias românticas.

Eu frequentava todos os tipos de grupos , o pessoal das artes, dos livros, dos jogos, das baladas... mas nada daquilo me completava. Nenhum daqueles era o meu lugar.
A única coisa que era comum à todas as fases da minha vida e em qualquer ambiente no qual eu estava inserida era que eu amo aprender! 
Aprender sobre a vida, sobre as pessoas, sobre histórias. Fiz Publicidade e Propaganda e agora estudo Psicologia. Nessa brincadeira eu aprendi espanhol, depois inglês, agora estou aprendendo francês e alemão. Simplesmente porque eu quero. 

E recentemente, num momento em que me vi completamente perdida no caos, sem saber pra onde ir, e sentindo esse vazio gritando dentro de mim por um alívio, eu tive uma epifania!



Eu não tenho filhos, não sou casada, minha carreira ainda não deslanchou, visto que demorei pra descobrir o que eu queria fazer da vida... nada me prende. E o mundo é infinito! Tudo o que eu preciso é partir. Porque a verdade é que eu não pertenço a nenhum lugar e a todos ao mesmo tempo.

Decisão tomada, ficou tudo muito claro. Voltei a ter noites inteiras de sono, recheadas de sonhos vívidos sobre a grande aventura na qual eu iria embarcar. Mas... pra onde

Comecei a pesquisar. E nas próximas postagens, vou contar cada passo sobre o mundo que eu vou desbravar.